sábado, 27 de novembro de 2010

O mundo e o indivíduo contra ele mesmo

    Estava precisando escrever algo para postar aqui no Castelinho, não é mesmo? Se isso fosse um emprego e eu tivesse que cumprir prazos, bem, esse já não seria mais o meu emprego. Eu sei que nesse campo hipotético meu chefe imaginário não ia querer saber de minhas desculpas, mas é que mês de vestibular é um estresse, viu¹? E também, eu não estava conseguindo pensar em nada. Sem matéria-prima mental para produzir um texto. A Zoe chama isso de “Crise de idéias”, e eu me refiro a esse fenômeno como “Mais um golpe bem sucedido do Universo em sua eterna conspiração contra mim a mando de mim mesma”.

    Pois bem, é que sou praticante de uma atividade bem comum chamada “Fazer o Universo conspirar contra mim mesma”, uma evolução da ainda mais comum e largamente praticada arte de “Conspirar contra mim mesmo”, apelidada de “Auto-Conspiração”.

    Todo mundo conhece o mecanismo da clássica “Auto-Conspiração”. É quando o indivíduo fabrica os obstáculos para a sua própria trajetória. Vão desde atentados sutis como dizer que não tem tempo, a sentimentos autodepreciativos de achar que não tem capacidade. E às vezes a pessoa é realmente boa em conspirar contra si mesma e consegue até arranjar outra ocupação que atrapalhará a busca pelo seu objetivo. No fim, o indivíduo se torna seu próprio inimigo.

    Mas sempre existem aqueles que vão mais além. O tipo de gente que atinge o nível de “Fazer o Universo conspirar contra mim mesmo” são vários: Megalomaníacos que não se contentam em ter um mero ser humano como adversário, pessoas que não suportam lidar com o próprio eu, e os que vivem movidos pelo princípio de nunca ser o culpado de nada. São exemplos de seres que conseguem convencer o resto do mundo a conspirar contra eles também. Mais do que não ter tempo ou ter conseguido outro problema para resolver, esses especialistas atraem até fatores externos, fora de seu controle, se fazendo vítimas de fatalidades imprevistas e toda uma série de azares que bloqueiam o seu caminho. Grande feito!

    Chega um ponto, é claro, em que é preciso se sobressair nesse campo de conspirações: A superação das dificuldades criadas. Os primeiros a conseguir a realização do que buscavam desde o início, excluindo aqui o grupo que não pratica nenhuma das atividades conspiratórias, são os que não têm talento para criar os próprios problemas. Depois, vêm aqueles que descobrem que são mais competentes em superar dificuldades do que em fazê-las aparecerem. Existem até aqueles com o dom de utilizar os problemas e acontecimentos como ferramentas para construir as soluções! Por último é que se revelam os gênios: Pessoas que são tão boas em conspirar e fazer o mundo conspirar contra si mesmo que não encontram meios nem forças para se verem livres dos seus fardos.

    Bem, aqueles que perceberam que esse foi o texto da vez, sabem agora que felizmente eu não sou nenhum gênio da conspiração que se afoga nas próprias embolações, né? Acho que é aqui que o Chefe Imaginário suspira aliviado e parte pra pegar no pé da Zoe, o que nem tem graça porque além de ser uma ótima revisora, ela cumpre os prazos, aquele prodígio!

    Enfim, até a próxima!


¹: Se tem alguém que não me conhece e lê meus textos mesmo assim, eu informo: Larguei Psicologia no segundo semestre e estou estudando para prestar vestibular para Letras. Me deseje sorte!

2 comentários:

  1. Luli, a segunda fase tá chegando! ;D
    Relaxe que vai dar tudo certo, se mate se você perder. HAHAHAHAHA

    (vou apertar o seu bumbum quando te encontrar de novo o-o)

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